Sexta-feira, 19 de Março de 2010
Carta ao Director
Duas notas a propósito da (não) abordagem do «Jornal do Centro» aos 100 anos do Dia Internacional da Mulher, o que lamento.
1. A proposta de criação de um Dia Internacional da Mulher foi apresentada em 1910, na 2.ª Conferência Internacional de Mulheres, pela alemã Clara Zetkin. A referida Conferência teve lugar em Copenhaga, em Agosto de 1910, e precedeu o Congresso da II Internacional. Presentes 100 delegadas oriundas de 17 países, que aprovaram resoluções contra a invasão da Finlândia pelas tropas russas, pela manutenção da paz, pela protecção social das crianças e das mulheres trabalhadoras e pelo sufrágio universal das mulheres.
A proposta de Clara Zetkin de criação de um Dia Internacional da Mulher estipulava uma acção internacional comum pela emancipação das proletárias e pelo sufrágio universal: «Em acordo com as organizações políticas e sindicais do proletariado nos seus respectivos países, as mulheres socialistas de todos os países organizarão todos os anos um dia das mulheres que, em primeiro lugar, será consagrado à propaganda a favor do voto das mulheres (…). Este dia das mulheres deve ter carácter internacional e ser cuidadosamente preparado».
2. O que me leva à segunda observação. O Dia Internacional da Mulher no distrito de Viseu foi festa, alegria e convívio. Mas também luta, debate e reflexão. Neste ano de centenário subsistem, em Portugal também, discriminações, desigualdades, novas formas de obscurantismo.
Assistimos à degradação generalizada das condições de vida, com sucessivos aumentos dos bens essenciais e dos serviços públicos sem aumentos salariais condignos. As mulheres em Portugal são as primeiras a serem despedidas, são a maioria dos desempregados deste país. As mulheres recebem cerca de 30% a menos dos salários dos homens e 60% das reformas. A maternidade está mais penalizada, aumentam as ameaças à igualdade e qualidade de vida das mulheres.
Como se vê por este breve resumo existem muitas e variadas razões para as Mulheres assinalarem o seu dia, o 8 de Março.
Mafalda Serralha (Núcleo do Movimento Democrático de Mulheres de Viseu)
In jornal "Jornal do Centro" - Edição de 19 de Março de 2010
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Sábado, 6 de Março de 2010
O MDM tem como objectivos fundamentais:
• Unir as mulheres na defesa dos seus direitos e interesses como cidadãs, trabalhadoras e mães;
• Pugnar por uma sociedade promotora da igualdade de oportunidades entre mulheres e homens, denunciando e lutando contra todas as formas de discriminação política, social, económica, étnica, de deficiência, de religião ou crença, de orientação sexual, que atingem as mulheres;
• Promover uma maior consciencialização das mulheres sobre os problemas políticos, sociais e económicos, designadamente quando são fundamento de discriminações sexistas;
• Lutar pelo direito ao trabalho, contra a discriminação salarial, pela criação de condições efectivas que permitam a realização de uma vida pessoal de qualidade;
• Defender a participação das mulheres, em igualdade, nos centros de decisão e de poder nas áreas profissional, social, cívica e cultural;
• Denunciar e lutar contra todas as formas de violência que atingem as mulheres e ferem a sua dignidade;
• Defender os direitos sexuais e reprodutivos das mulheres, pugnando também pelo reconhecimento, na prática, da função social da maternidade/paternidade;
• Estabelecer relações de amizade, solidariedade e cooperação com as organizações femininas e feministas que, em todo o mundo, lutam pela defesa dos direitos das mulheres e pelo reconhecimento de facto da sua dignidade, bem como por um futuro de paz, justiça e felicidade para a humanidade.
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Quinta-feira, 12 de Fevereiro de 2009
Quem somos...
O MDM é uma organização de mulheres ligado à luta pela plena integração e emancipação das mulheres numa sociedade de paz, justiça e progresso social, liberta da opressão, da exploração e de discriminações.
O MDM tem como objectivos fundamentais:
- Unir as mulheres independentemente da sua opção política e religiosa, na defesa dos seus interesses como cidadãs, trabalhadoras e mães.
- Promover uma maior consciencialização das mulheres sobre os problemas políticos, sociais e económicos que, afectando a sociedade portuguesa, são fundamento das discriminações sexistas.
- Denunciar e lutar contra as discriminações económicas, sociais e políticas e a violência na sociedade, na família e no trabalho que atingem profundamente as mulheres.
- Lutar pelo direito ao trabalho e pela efectiva aplicação do princípio a trabalho igual, salário igual, pela formação, promoção profissional e cultural das mulheres.
- Lutar para que sejam criadas condições que garantam às mulheres a possibilidade de conciliar a realização profissional e participação na vida cívica e política do país com a sua vida familiar.
- Lutar para que a maternidade seja reconhecida na prática como uma função social.
- Lutar pela aplicação efectiva da igualdade jurídica entre a mulher e o homem.
- Estabelecer relações de amizade, solidariedade e cooperação com as organizações femininas que, em todo o mundo, lutam coerentemente pela defesa dos direitos das mulheres, por um mundo pacífico e feliz para a humanidade.
O MDM é ,hoje, o Movimento feminista mais antigo no nosso país. Implantado a nível nacional e na emigração, viu no ano de 2004 reconhecido o seu estatuto de parceiro social, objectivo por que se bateu durante muitos anos. Nessa qualidade veio ainda nesse mesmo ano a integrar o Conselho Económico e Social, que constitui um importante espaço de intervenção.
E acabamos de nascer Ontem Viseu!!!
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