Duas notas a propósito da (não) abordagem do «Jornal do Centro» aos 100 anos do Dia Internacional da Mulher, o que lamento.
1. A proposta de criação de um Dia Internacional da Mulher foi apresentada em 1910, na 2.ª Conferência Internacional de Mulheres, pela alemã Clara Zetkin. A referida Conferência teve lugar em Copenhaga, em Agosto de 1910, e precedeu o Congresso da II Internacional. Presentes 100 delegadas oriundas de 17 países, que aprovaram resoluções contra a invasão da Finlândia pelas tropas russas, pela manutenção da paz, pela protecção social das crianças e das mulheres trabalhadoras e pelo sufrágio universal das mulheres.
A proposta de Clara Zetkin de criação de um Dia Internacional da Mulher estipulava uma acção internacional comum pela emancipação das proletárias e pelo sufrágio universal: «Em acordo com as organizações políticas e sindicais do proletariado nos seus respectivos países, as mulheres socialistas de todos os países organizarão todos os anos um dia das mulheres que, em primeiro lugar, será consagrado à propaganda a favor do voto das mulheres (…). Este dia das mulheres deve ter carácter internacional e ser cuidadosamente preparado».
2. O que me leva à segunda observação. O Dia Internacional da Mulher no distrito de Viseu foi festa, alegria e convívio. Mas também luta, debate e reflexão. Neste ano de centenário subsistem, em Portugal também, discriminações, desigualdades, novas formas de obscurantismo.
Assistimos à degradação generalizada das condições de vida, com sucessivos aumentos dos bens essenciais e dos serviços públicos sem aumentos salariais condignos. As mulheres em Portugal são as primeiras a serem despedidas, são a maioria dos desempregados deste país. As mulheres recebem cerca de 30% a menos dos salários dos homens e 60% das reformas. A maternidade está mais penalizada, aumentam as ameaças à igualdade e qualidade de vida das mulheres.
Como se vê por este breve resumo existem muitas e variadas razões para as Mulheres assinalarem o seu dia, o 8 de Março.
Mafalda Serralha (Núcleo do Movimento Democrático de Mulheres de Viseu)
In jornal "Jornal do Centro" - Edição de 19 de Março de 2010
"História vividas no feminino"
O Movimento Democrático das Mulheres e a Livraria Pretexto convidam-no a participar na evocação do Centenário da proclamação do Dia Internacional da Mulher.
Entre música e palavras, esperamos por si, dia 8 de Março, segunda-feira, a partir das 18.00 horas, na Livraria Pretexto.
Programa do Nucleo de Viseu do MDM - 8 de Março de 2010
Das 12 ás 14.30 - Rossio, distribuição de documento alusivo e oferta de Poemas - MDM/IPJ/Mais Igualdade/União dos Sindicatos de Viseu
Escola secundária de Viriato - oferta de poemas e participação na exposição evocativa do centenário da proclamação do Dia Internacional da Mulher
Das 18 ás 20 na livraria Pretexto - "Histórias vividas no Feminino" MDM/Mais Igualdade
Mulheres juntem-se a nós!
No âmbito das comemorações do 8 de Março, exibição da exposição do MDM "Olhar feminino sobre as mulheres do Sahara Ocidental", no Museu de Arqueologia e Etnologia de Setúbal, com inauguração às 16:00.
Além de representantes do MDM e do Museu, estarão presentes as autoras das fotografias do exposição, Helena Costa e Inês Seixas.
A exposição estara patente até ao dia 20 de Março
Querida Amiga:
Falo-te em nome do Movimento Democrático de Mulheres - a organização de mulheres mais antiga na luta pelos nossos direitos em Portugal.
Porque há problemas que são só nossos, há problemas que são vividos por nós de uma forma que é só nossa, é muito importante a nossa participação nas iniciativas que chamem a atenção para a realidade vivida pelas mulheres.
Este ano passam 100 anos sobre a proclamação de um dia que nos é dedicado internacionalmente, o DIA INTERNACIONAL DA MULHER. Queremos festejar em grande, em festa, mas lembrando que muito falta fazer. Não prescindimos da tua participação nesta festa e por isso te convidamos a partilhar chá e palavras no próximo Sábado, dia 13, pelas 15 horas, na Rua Alberto Sampaio, 84. Vamos preparar a nossa festa!
Até lá um abraço da amiga Filomena Pires
Duas notas a propósito do trabalho «Dia Internacional das Mulheres – qual a sua importância», publicado na edição de 27 de Fevereiro.
1. A proposta de criação de um Dia Internacional da Mulher foi apresentada em 1910, na 2.ª Conferência Internacional de Mulheres, pela alemã Clara Zetkin. A referida Conferência teve lugar em Copenhaga, em Agosto de 1910, e precedeu o Congresso da II Internacional. Presentes 100 delegadas oriundas de 17 países, que aprovaram resoluções contra a invasão da Finlândia pelas tropas russas, pela manutenção da paz, pela protecção social das crianças e das mulheres trabalhadoras e pelo sufrágio universal das mulheres.
A proposta de Clara Zetkin de criação de um Dia Internacional da Mulher estipulava uma acção internacional comum pela emancipação das proletárias e pelo sufrágio universal: «Em acordo com as organizações políticas e sindicais do proletariado nos seus respectivos países, as mulheres socialistas de todos os países organizarão todos os anos um dia das mulheres que, em primeiro lugar, será consagrado à propaganda a favor do voto das mulheres (…). Este dia das mulheres deve ter carácter internacional e ser cuidadosamente preparado».
2. O que me leva à segunda observação. O Dia Internacional da Mulher deve ser assinalado por razões infelizmente bem mais amplas do que a violência doméstica. Sem retirar a extrema importância a essa luta, infelizmente há muitos outros motivos: subsistem discriminações, desigualdades, novas formas de obscurantismo.
Assistimos à degradação generalizada das condições de vida, com sucessivos aumentos dos bens essenciais e dos serviços públicos sem aumentos salariais condignos. As mulheres em Portugal são as primeiras a serem despedidas, são a maioria dos desempregados deste país. As mulheres recebem cerca de 30% a menos dos salários dos homens e 60% das reformas. A maternidade está mais penalizada, aumentam as ameaças à igualdade e qualidade de vida das mulheres.
Como se vê por este breve resumo existem muitas e variadas razões para as Mulheres assinalarem o seu dia, o 8 de Março.
Mafalda Serralha (Núcleo do Movimento Democrático de Mulheres de Viseu)
In jornal "Jornal do Centro" - Edição de 13 de Março de 2009
Tempo de Antena do MDM - Ver Aqui
O Nucelo de Viseu do Movimento Democrático de Mulheres em pareceria com a Loja Ponto JA de Viseu da Direcção Regional do Centro do Instituto Português da Juventude, IP convidam V. Ex.ª para assistir à Tertúlia subordinada ao Tema “De Mulher para Mulher” a realizar no próximo dia 8 de Março, pelas 17.00 horas, na Sala Multiusos do Instituto Português da Juventude