Decorre hoje o Dia Internacional pela Eliminação de todas as Formas de Violência exercidas sobre as Mulheres. Assinalar este dia significa dar voz e visibilidade a milhões de mulheres e meninas de todo o mundo, agredidas, espancadas, mutiladas, violadas e assassinadas, naquilo que constitui uma atroz violação dos direitos humanos.
O que está na origem deste Dia? No dia 25 de Novembro de 1960, na República Dominicana, foram brutalmente assassinadas as três irmãs Mirabal, ativistas de direitos humanos por ordem do ditador Rafael Truillo. Essa data passou a ser comemorada todos os anos desde 1981, por organizações ativistas dos direitos das mulheres. Em 1993, através da Resolução 48/104, a Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou a Declaração para a Erradicação da Violência contra as Mulheres e designou, em 1999, a data como Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres, apelando aos governos, às organizações internacionais e ONG, para organizarem, nesse dia, atividades para sensibilizar a opinião pública para este problema.
Na escola, na rua, em casa, no local de trabalho, nos campos de batalha, cerca de 70% das mulheres sofrem de violência, psicológica, física, sexual ou moral, em algum momento da sua vida. Um quarto das mulheres grávidas é afetado.
Face à realidade vivida no nosso distrito, é importante denunciar a violência que é vivida nas relações de intimidade, mas também aquela que cada vez mais se instala nos locais de trabalho, o assédio moral.
Evocar este dia é proclamar que apesar de a igualdade de direitos entre homens e mulheres estar consagrada na lei, há toda uma batalha a travar contra a cultura de discriminação que permite e incentiva a violência. Um combate que cabe a todos, homens e mulheres, cidadãos comuns. É também um apelo a todos os governos para que cumpram as promessas de acabar com todas as formas de violência a que estão sujeitas as mulheres, meninas ou idosas, nos locais públicos como na reserva do lar.
Com esta iniciativa esperamos contribuir para combater este desrespeito pelos direitos humanos.