A exposição/instalação do MDM - Viseu pode ainda ser visitada durante esta semana. Uma oportunidade para conhecer e/ou lembrar os direitos que, com a Revolução de 25 de Abril, as mulheres puderam conquistar. Direitos consagrados na lei mas pelos quais temos de continuar a lutar.
Assim se designa a exposição da responsabilidade do Movimento Democrático de Mulheres – Núcleo de Viseu, que vai estar patente nas Instalações do IPDJ (em Viseu), integrando as comemorações do Dia Internacional da Mulher.
Entre os dias 3 e 28 de Março, quem visitar aquelas instalações, identificará quarenta conquistas concretizadas numa revolução que mudou profundamente a vida das mulheres em Portugal, a revolução de 25 de Abril de 1974, e que este ano celebra o seu quadragésimo aniversário.
São 40 papoilas vermelhas erguidas sobre o negro fascismo que tão maltratou as mulheres no nosso país. São a notícia e a memória. Porque a revolução de 25 de Abril de 1974 trouxe consigo liberdades mas também porque 40 anos depois muitas dessas liberdades se vestem de negro, se debatem pela sobrevivência num país abalroado por políticas de desigualdade e empobrecimento, invadido por um neoliberalismo frio que lembra a noite tenebrosa que não pode voltar.
Com o contributo de muitas amigas, o MDM – Viseu reuniu 40 vestidos negros para celebrar a efeméride. Neles inscreveu 40 rubras papoilas, a lembrar que foi a luta das mulheres organizadas que permitiu consagrar na lei direitos tão elementares como casar, votar, aceder a determinadas carreiras, ter salário igual ao dos homens, direito a licença de maternidade, pensão de velhice ou salário mínimo, direito a celebrar o Dia Internacional da Mulher. Uma exposição a lembrar que o próprio MDM, em tempo de clandestinidade, deu um forte contributo para essa luta.
Porque o dia 8 de Março assinala a luta pela emancipação das mulheres, cada uma das papoilas traz consigo um apelo que se dirige a todas as mulheres: mantenham acesa a esperança activa, alimentem a força indispensável para continuar esta luta pela igualdade entre os homens e as mulheres, vamos retomar Abril com a alegria de quem sabe que um novo rumo é possível para um país mais fraterno que é também feminino!