Ofensiva social e laboral
Os conteúdos gravosos das propostas de alteração da legislação laboral, acordados entre o Governo PSD/CDS-PP, patronato e UGT, para votação na Assembleia da República, em simultâneo com o ataque aos serviços públicos, às funções sociais do Estado e o agravamento geral do custo de vida, são razões fundamentais para uma forte participação na greve geral, oportunamente convocada pela CGTP-IN.
Esta ofensiva social e laboral faz parte de um processo mais vasto de retrocesso civilizacional, de ataque ao emprego, de alargamento da pobreza e das desigualdades, de fragilização da democracia, de destruição do aparelho produtivo, de afrontamento aos valores de Abril e ao projecto de sociedade consagrado na Constituição da República Portuguesa.
Por isso fazer greve geral significa rejeitar este rumo de recuo histórico nos locais de trabalho e no País e persistir na defesa dos direitos conquistados e consagrados na contratação colectiva, dos valores de progresso social, do futuro dos trabalhadores e das futuras gerações, da própria independência e soberania nacionais.
Fátima Messias, da Comissão Executiva da CGTP-IN